quinta-feira, 8 de outubro de 2009


EPITÁFIO

Hoje acordei com aquele sentimento de que deveria ter feito MAIS tudo o que fiz com prazer, e ter feito bem MENOS as coisas que fiz sem querer ter feito. Então, o que me veio à cabeça foi essa música fantástica dos Titãs que, ao mesmo tempo em que nos faz refletir sobre nossas ações, nos dá uma vontade de recomeçar e fazer tudo DIFERENTE.

“Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...”




quarta-feira, 7 de outubro de 2009




Reflexão sobre a vida, corrida, difícil de ser vivida na sua plenitude

Conversando com uma grande amiga, esses dias, numa segunda-feira, ela me contou que tinha aproveitado o domingo para preparar um bolo de banana – delicioso, diga-se de passagem – com a ajuda de sua filhinha de 7 anos. Tive a oportunidade de prová-lo, e realmente era uma delícia.
Mas acredito que mais delicioso ainda foi aquele domingo onde mãe e filha tiveram a oportunidade de passar bons momentos juntas. Afinal, na era da convergência, da movimentação, das mulheres, da sensibilidade, da economia da experiência, passar momentos deliciosos com a família é raridade.

Refleti sobre as palavras de minha amiga e pensei:


“Deveriam existir mais domingos na semana.....


Assim, mais bolos seriam feitos, mais crianças andariam de bicicleta, mais mães abririam sorrisos largos na segunda-feira ao contar as experiências deliciosas que tiveram com os filhos no domingo, mais pessoas felizes pelo mundo, mais filhos realizados por passar bons momentos com seus pais, mais famílias estruturadas e de bem com a vida, mais querer bem ao próximo, mais paz mundial. Como seria bom se existissem mais domingos na semana”.



segunda-feira, 5 de outubro de 2009


O poder das palavras
Esta frase chegou aos meus olhos hoje pela manhã. Percebam o poder das palavras. Evan Esar, humorista americano, foi sábio ao observar o óbvio e transpô-lo ao mundo em forma de lição de vida. Eis a reflexão daquilo que todo mundo sabe, mas que poucos têm a sensibilidade de compreender.

“Não podemos fazer muito sobre a extensão de nossas vidas, mas podemos fazer muito sobre a largura e a profundidade delas”. (Evan Esar)

Prece do Amanhecer











"Meu Deus, meu Pai e Senhor!
Agradeço profundamente pela oportunidade
de mais um dia poder aprimorar e evoluir meu espírito.
Peço encarecidamente e com fé ardorosa
que o Senhor me ajude nesta evolução
para que eu possa alcançar, a cada dia,
a proximidade dos Seus desígnios,
estabelecidos através da minha alma".



Desejo a todos uma semana abençoada, cheia de oportunidades e realizações...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Música para meus ouvidos

Quero compartilhar com vocês essa maravilha que é a música Camille cantada por Tereza Virgínia, que foi minha professora de Literatura Brasileira III - Poesia, na graduação de Letras. Ela faz parte do corpo de docentes do Departamento de Lingua e Literatura Vernáculas do CCE (Centro de Comunicação e Expressão) da UFSC.

http://www.mafua.ufsc.br/numero12/cria/Camille.swf

Essa música está disponível também na edição 12 (SET/09) da revista MAFUÁ - uma revista de literatura que publica trabalhos exclusivamente de alunos de graduação e de alguns convidados, disponível apenas em formato eletrônico, no endereço http://www.mafu.ufsc.br/ A revista é realizada pelo NUPILL (Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística) da Universidade Federal de Santa Catarina.

A revista também pode ser acessada pelo endereço: http://www.nupill.org/mafua/index.php

Bom Dia

Apesar do friozinho de logo cedo, o sol veio tímido nos aquecer. Chega de chuva, que a Primavera consiga florescer e que a cidade fique cada vez mais bela.

Posto hoje um Conto que escrevi no dia 16 de setembro de 2009. Foi publicado no suplemento cultural do Diário do Sudoeste chamado Almanaque, neste domingo, dia 27 de setembro. Esse texto também foi exposto no Varal Literário da Semana Acadêmica de Letras da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em maio deste ano. Na oportunidade também participai de uma comunicação sobre EAD (Educação a Distância), sendo a escolhida pela coordenação do curso para falar em nome de todos os estudasntes EAD do curso de Letras da UFSC.

Segue o conto. Boa leitura!!!


CONTO

O reencontro

Antes das 6h da manhã, Helena abriu a janela para sentir a brisa que vinha do mar. Havia se levantado cedinho, pois seus pensamentos não a deixaram dormir direito naquela noite. Tinha que tomar a decisão certa, porque seu futuro estava em jogo.
Debruçada na janela, o fresco vento outonal soprava os loiros cabelos de Helena, dando a ela a sensação de liberdade que tanto buscava. Da janela de madeira do segundo andar de uma simples pousada, Helena mirava o horizonte e acompanhava o balanço dos barcos pesqueiros que retornavam à praia.
O sol aparecia lentamente, como se estivesse se espreguiçando naquela manhã. Cada raio que intensificava sua luz e calor, assemelhava-se a longos e esguios braços de menina. Raios solares para cá e para lá, como se fossem fios de ouro a abraçar o universo. O horizonte dourado fazia par com o tom verde-água daquele mar. Era possível ver o sol refletido no belo par de olhos azuis de Helena.
Entre peixes e redes os pescadores começavam o dia. Após longo trabalho no mar, tinham ainda que ganhar o sustento na feira. Logo ali, ainda ao alcance dos olhos de Helena dezenas aguardavam os pescadores. Eram senhores, moçinhas, anciãos, todos rodeando os peixes e escolhendo o que aparentava ser o mais apetitoso aos seus olhos.
Pela animação que se via, por um momento Helena desejou estar entre eles. Na vila dos pescadores mesmo quem não pescava, comia peixe fresco diariamente. E todo dia era uma festa na hora da escolha. Principalmente quando por lá estava Zé Menino, um rapaz muito simpático e misterioso que sobrevivia como guia turístico, e de contar histórias de pescadores.
Filho de pai pescador, desde pequeno Zé Menino perambulava por aquela praia. Suas histórias de encantamento, tragédias marinhas e aventuras eram conhecidas nas redondezas. Os turistas se divertiam ouvindo Zé Menino, que dizia já ter visto de tudo na sua vida, de sereia a peixe de duas cabeças. Davam-lhe alguns trocados. O mar era sua inspiração e as histórias sua alegria. Mas há quem diga que de invenção não tinham nada.
Para observar mais de perto o vai e vem que se formara, Helena trocou a longa camisola por uma roupa confortável e desceu até a varanda acompanhada pelo seu diário. Sentada em uma cadeira de balanço, por volta das 8h, acompanhava de longe os passos e as conversas dos nativos daquela praia e, sem pressa, anotava tudo no discreto caderninho. Lá mesmo a moça da pousada serviu-lhe o café da manhã. Uma xícara de café com leite, pão de milho e suco de laranja, era o seu preferido. Nada de comida gordurosa, nem light demais. Apenas o que lhe parecia saboroso e que lhe dava sustância.
Os rabiscos no alfarrábio de Helena podiam ajudá-la a decidir, afinal tinha sua vida em jogo. Enquanto rascunhava, foi surpreendida por uma voz forte e doce ao mesmo tempo. Seus olhos não podiam acreditar no que viam. Zé Menino estava na sua frente, com aquele sorriso largo e simpático de quem não a via há muito tempo e que certamente já havia se acostumado com a idéia de nunca mais vê-la.
Foi um instante de silêncio e olhares fixos. Helena sorriu e levantou para abraçá-lo. Eram dois corações batendo acelerados. Ela perguntou o que ele havia feito todos esses anos e Zé Menino contou-lhe suas peripécias e narrou-lhe algumas de suas histórias. Mas quando a pergunta fatal foi disparada na sua direção, os olhos brilhantes de Helena por alguns segundos se apagaram. Estar de volta não era sinônimo de alegria e reencontro. Pelo contrário. Como dizer a verdade a Zé Menino? Sua ausência já não lhe era suficientemente dolorosa? Mas mentir lhe parecia insensato demais, mesmo que sua resposta acabasse por dilacerar de uma só vez o coração daquele rapaz.
Helena tentou mudar de assunto, temendo ter que dizer a verdade, mas Zé Menino percebeu a tentativa de fuga. Tinha pegado aquela bela mulher desprevenida, ao passar pela pousada e avistar seu rosto inconfundível. Mas já que estavam frente a frente queria saber toda a verdade. Helena explicou que sua partida repentina tinha a ver com o desejo de conhecer outros lugares, trabalhar, ter uma profissão, sair daquela realidade pesqueira que conhecia desde menina. Sabia que seria difícil, mas que o destino iria se encarregar de traze-la de volta, nem que fosse por algumas horas, afinal tinha deixado seu maior amor nessa praia.
Helena disse que não procurou Zé Menino logo que chegou ao vilarejo porque temeu sua reação, mas que se até sua partida ainda lhe faltasse coragem, as respostas para todas as perguntas estariam anotadas naquele diário, que seria entregue ao rapaz.
A bela loira dos olhos azuis convidou Zé Menino à sentar-se. E com o coração apertado explicou que tinha uma decisão importante a tomar. Disse que amava aquele lugar, mesmo sendo uma praia simples de pescadores cujo cheiro não haveria de esquecer jamais. Por isso, desejou estar lá mais uma vez.
Há algum tempo Helena havia descoberto uma doença rara que lhe estava consumindo por dentro. As chances de viver por mais tempo eram poucas, mas existia a possibilidade de uma cirurgia. No entanto, nenhum médico lhe garantiu sucesso. O destino era incerto: 50% apostado na vida e a outra metade disputada pela morte.
Helena tinha que se decidir e foi buscar sabedoria nas lembranças daquela praia. Mar verde, brisa fresca de outono, pessoas simples que tiravam o sustento das águas e viviam pacificamente naquela vila de pescadores.
Várias lágrimas rolaram sobre a face de Zé Menino enquanto ouvia a história. Quando achava que havia reencontrado seu amor maior, soube que o estaria perdendo de vez para o destino. Acostumado a contar histórias e a fazer zombarias com os outros, foi justamente uma história de amor que o destruíra.
Alguns minutos de conversa e a hora da despedida se aproximava. O carro que vinha buscar Helena já havia chegado e ela não podia se atrasar. Helena subiu ao quarto e recolheu seus poucos pertences, afinal dois dias de viagem não carecia de muito conforto. Ela olhou novamente pela janela e sentiu a brisa e o perfume que vinha da praia. Viu, pelo adiantado da hora, o movimento dos banhistas. Espantou-se. A vista daquela janela revelara segredos que nem mesmo Helena podia supor.
A despedida foi triste, levando o mundo a crer que seria a última. Sem muitos rodeios, apenas um forte abraço e palavras de boa sorte. Zé Menino ainda tentou faze-la desistir da partida, mas ela já sabia o que deveria ser feito. Helena beijou sua face e foi embora. Daquele dia em diante Zé Menino nunca mais viu sua mãe.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Boa noite

Quero dar boas-vindas a todos que passarem por esse espaço. Crio agora um lugar mágico onde todos estão convidados a participar. Deixe suas críticas, opiniões e sugestões.
Essa é a nossa Caixa de Pandora, lúdica e sedutora, que estimulará a curiosidade e a criatividade.



Relacionada à mitologia grega, conta a história que tudo começou com o surgimento da primeira mulher, Pandora, criada pelos Deuses para castigar o homem. Ela abriu um recipiente e libertou todos os males que se abateram sobre o homem.

Ou seja, segundo a mitologia a Terra era sombria e sem vida, os Deuses e a natureza começaram a dar vida e por cada coisa em seu devido lugar, porém faltava um animal nobre que pudesse servir de recipiente para um espírito, essa tarefa ficou incumbida aos Titãs Epimeteu (aquele que reflete tardiamente) e Prometeu (aquele que prevê).
Epimeteu criou os animais dando-lhes todas as características distintas, Prometeu ficou responsável por criar um ser à imagem e semelhança dos deuses. Com isso pegou um pouco de terra e molhou com a água de um rio, obtendo assim argila, foi moldando-a com carinho e dedicação até conseguir uma imagem semelhante à de seus deuses.
Porém, o homem estava sem vida, por isso Prometeu pegou todas as coisas boas que seu irmão Epimeteu colocou nos animais e também colocou no homem, mas ainda faltava algo mais forte. Prometeu tinha amizade com uma deusa, Atená, essa com admiração pela obra dos Titãs deu ao homem o espírito que lhe faltava.Após ter destruído seu próprio pai, Zeus voltou suas atenções para a humanidade recém-criada e dela cobrava devoção, sacrifícios em troca de proteção.
A partir do momento em que Zeus e seus irmãos passaram a disputar poder com a geração dos Titãs, Prometeu, mesmo não tendo participado da batalha era visto como inimigo e os seres humanos uma ameaça constante.Em defesa do homem Prometeu e Zeus se encontraram em Mecone (Grécia) para decidirem os deveres e os direitos da humanidade.
Prometeu pediu para que os deuses cobrassem mesmo por sua proteção, para isso teve a idéia de por à prova o poder e a visão justa e clara de Zeus. Matou um belo e imenso touro, partiu-o ao meio e pediu para que os deuses do Olimpo escolhessem uma das partes, pois a outra caberia aos humanos. Porém, ele pôs em um dos montes apenas ossos e cobriu-os com o sebo do animal, esse apresentou ser maior que o outro monte de carne. Com toda sua soberba Zeus escolheu o monte maior, no entanto, ao descobrir que havia sido enganado por Prometeu, decidiu vingar-se dele negando à humanidade o último dos dons que necessitavam para se manterem vivos: o fogo.
Com o objetivo de salvar sua criação, Prometeu roubou uma centelha de fogo celeste e entregou aos homens. Ao perceber que o novo brilho que vinha da terra era fogo, Zeus decidiu se vingar do ladrão (Prometeu) e dos beneficiados com o fogo (a humanidade). Aprisionou Prometeu na parede de um penhasco na montanha caucasiana, com uma corrente inquebrável, todos os dias suas vísceras eram comidas pelas aves, como era imortal durante a noite os órgãos e restituíam e no dia seguinte as aves voltam e comiam novamente, assim era a sua tortura diária.
Antes de ser aprisionado Prometeu deixou um recipiente, seu formato não é descrito ao certo, aqui será denominado de “caixa”, com seu irmão Epimeteu, e esse ficou incumbido de ser o guardião da caixa, não permitindo que ninguém se aproximasse dela. Para se vingar do homem, Zeus resolveu criar a mulher com a ajuda dos demais deuses, nela cada um dos deuses pôs uma de suas qualidades, dente elas a beleza e a inteligência e deu-lhe o nome de Pandora.
Zeus a enviou de presente para Epimeteu, esse não deu ouvido aos conselhos que o irmão havia lhe dado antes de partir, que era para não aceitar nenhum presente dos deuses, aceitou Pandora.Ela o seduziu e, após cair na armadilha de Zeus, Epimeteu caiu em um sono profundo, aproveitando-se disso Pandora abriu a caixa e quase todos os males que estavam lá dentro foram libertos, coisas tão ruins a amedrontaram fazendo-a fechar a caixa, porém, o último e mais importante permanecera dentro da caixa, o destruidor da esperança. Por isso a mulher ficou conhecida como o grande mal da humanidade.
A história mitológica é um pouco semelhante à bíblica, que narra a criação do homem e da mulher (Adão e Eva), pois nessa a mulher também é a responsável pela desgraça humana.